Startup de Tom Brady, Religion of Sports reforça time de investidores brasileiros
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Enquanto a temporada de futebol americano se desenrola nos Estados Unidos, o quarterback americano Tom Brady mantém sua atenção também no mercado brasileiro. O jogador do Tampa Bay Buccaneers, um dos maiores jogadores do esporte de todos os tempos, é um dos fundadores da startup de mídia Religion of Sports, que já recebeu investimentos dos tenistas André Sá e Thomaz Bellucci e do jornalista Felipe Andreoli.
Agora, a Religion of Sports, que tem também entre seus fundadores o cineasta Gothan Chapra e o ex-atleta do New York Giants Michael Strahan, está ganhando o seu primeiro investidor institucional brasileiro.
Trata-se da gestora OutField, empresa criada em 2016 e que em seus primeiros anos atuava como uma consultoria para negócios ligados com esporte, mídia e entretenimento. Nos últimos anos, a companhia desenvolveu um braço de venture capital e lançou dois fundos, sendo o último anunciado em junho deste ano e com a pretensão de captar até R$ 70 milhões para aportar em 12 startups.
O primeiro aporte do segundo fundo da OutField foi na Religion of Sports. O investimento na startup americana aconteceu em junho deste ano, mas só agora está sendo divulgado. Na época, a Religion of Sports anunciou a captação de um aporte de série B de US$ 50 milhões em uma rodada liderada pela Shamrock Advisors e que teve entre seus coinvestidores justamente a gestora brasileira.
Os detalhes sobre o acordo estão sendo mantidos em sigilo. O que se sabe é que na tese de investimento da gestora para seu segundo fundo, a OutField pretende desembolsar cheques com valores entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões na compra de participações que podem variar entre 3% e 20%.
A Religion of Sports já lançou produções como a série “Man In The Arena”, que conta a história de Tom Brady; o documentário “Kobe Bryant’s Muse”, sobre o astro do basquete americano vítima de um acidente aéreo em 2020; e “Simone vs Herself”, que traça um perfil da ginasta americana Simone Biles, considerada uma das melhores do mundo.
“A gente costuma dizer que o Brasil tem muito a aprender com o mercado americano, que é onde estão os melhores storytellers”, diz Pedro Oliveira, cofundador da OutField ao lado de Lucas de Paula. “Não necessariamente são as melhores histórias, mas as mais bem contadas.”
Um dos motivos que levou a Outfield a investir na Religion of Sports foi o impacto de ter uma investida deste porte na carteira. “É um investimento que nos dá também exposição ao mercado global”, diz Oliveira, que afirma que o objetivo da OutField com seu segundo fundo é ter uma exposição de 20% em negócios globais.
Antes da OutField, a ligação com o mercado brasileiro da Religion of Sports se deu através uma parceria firmada com a Adventures em setembro do ano passado. Na época, o brandtech firmou um acordo para que a startup atuasse reforçasse a atuação do grupo de marketing no segmento esportivo. O acordo foi desfeito neste ano.
Novo fundo
O investimento na Religion of Sports é o primeiro dos 12 negócios que a OutField pretende entrar nos próximos cinco anos. Para isso, a gestora quer captar entre R$ 50 milhões e R$ 70 milhões até a metade do ano que vem. O primeiro fechamento deste fundo deve ser feito ainda neste ano com metade do valor.
Este é o segundo veículo de investimento da gestora. No primeiro, na qual a companhia levantou R$ 6 milhões, a intenção era assinar cheques com valores entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão para investir em rodadas early stage. Foram cinco empresas investidas. Entre elas estão nomes como RadarFit, que tem um aplicativo voltado para o segmento fitness, e a Semexe, especializada na venda de bicicletas.
“A gente pensou muito se aumentava o primeiro fundou ou se lançava o segundo. Decidimos pelo lançamento por entender que este é um momento importante porque com os smartphones e as redes sociais, a narrativa passou de mãos”, afirma Oliveira. “Os artistas e os atletas estão construindo seus ecossistemas.”
Com mais fôlego, a intenção da OutField o escopo de startups buscada pela Outfield aumenta. Tanto que o aporte feito na Religion of Sports ocorreu em uma rodada de série B. A intenção, no entanto, continua a ser pela busca de negócios que ainda busquem por rodadas pré-seed, seed e série A.
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