A corrida bilionária da Europa na busca por fontes alternativas de energia
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No mesmo dia em que Vladimir Putin subiu o tom em relação a possíveis desdobramentos da Guerra da Ucrânia, a Europa deu mais um sinal que está acelerando a corrida para encontrar fontes alternativas de energia e reduzir a dependência do gás russo.
Nesta quarta-feira, 21 de setembro, a Comissão Europeia anunciou a aprovação de um fundo de até € 5,2 bilhões para apoiar e financiar o desenvolvimento e a implantação de projetos na área ligados ao hidrogênio.
“O hidrogênio pode ser um divisor de águas para a Europa”, afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, em comunicado. “É fundamental para diversificar nossas fontes de energia e nos ajudar a reduzir nossa dependência do gás russo. Precisamos trazer escala a esse nicho de mercado.”
Batizada de IPCEI Hy2Use, a iniciativa foi elaborada em conjunto por treze Estados-Membro da União Europeia. O grupo inclui Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Itália, Holanda, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha e Suécia.
Esses países irão responder pelos recursos anunciados e a expectativa é de que esse incentivo desbloqueie € 7 bilhões adicionais em investimentos privados. O fundo vai abranger 35 projetos, de 29 companhias com atuação em um ou mais mercados dessa relação, entre startups e pequenas e médias empresas. Além de 160 parceiros externos, como universidades e centros de pesquisa.
“A cadeia de valor do hidrogênio está dando seus primeiros passos na Europa e isso traz riscos para as empresas e Estados-Membro investirem sozinhos nesse mercado inovador. É aí que os auxílios estatais têm um papel a desempenhar para alavancar investimentos privados substanciais que, de outra forma, não se concretizariam”, afirmou Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia.
Em nota, a Comissão Europeia destacou que o IPCEI Hy2Use irá cobrir uma grande parte da cadeia de valor do hidrogênio, o que incluirá frentes como a construção de uma infraestrutura composta, principalmente, por eletrolisadores – dispositivos que permitem produzir hidrogênio – de grande escala.
Também estão previstos recursos de transporte e armazenamento de hidrogênio renovável e de baixo carbono; e o desenvolvimento de tecnologias para a integração do gás aos processos industriais de diversos setores, em especial, aqueles com mais desafios de descarbonização, como aço, cimento e vidro.
A iniciativa inclui ainda dois projetos individuais sob responsabilidade da Noruega. Com uma série de etapas previstas para entrarem em operação nos períodos de 2024 a 2026 e de 2026 a 2027, a expectativa é de que a conclusão geral do plano aconteça em 2036.
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