Michael Burry compara momento do mercado com início da bolha pontocom
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Michael Burry ganhou notoriedade ao antever a crise de 2008 e lucrar alto, na época, ao apostar contra a bolha do mercado imobiliário, em uma história que inspirou um livro e um filme, batizados de “A Grande Aposta”.
Desde então, o fundador da Scion Asset Management ganhou fama e também ficou conhecido por usar o Twitter como veículo de suas previsões e comentários – muitos deles controversos – sobre o mercado, publicados em série e, posteriormente, apagados da rede.
Na última sexta-feira, essa faceta veio novamente à tona. Em uma série de tuítes, o americano comparou o momento atual do mercado de capital com o início do estouro da bolha pontocom, no início dos anos 2000., destacando que muitos investidores sofrerão grandes perdas nesse contexto.
Em uma primeira postagem, ele ressaltou que existem 218 empresas listadas nos EUA com um valor de mercado acima de US$ 1 bilhão e perdas anuais superiores a US$ 100 milhões. Desse universo, 29 companhias, observou, valem mais de US$ 10 bilhões e têm um valuation combinado de US$ 655 bilhões.
“Dizendo de novo. Toda a tolice deve ir embora”, escreveu Burry na primeira mensagem, fazendo uma menção a um outro tuíte publicado em agosto, no qual ele afirmava que os mercados estavam começando a se comportar da mesma maneira irracional que havia inflado outras bolhas no passado.
Já no sábado, 1º de outubro, ele postou que 13,48% das ações de empresas nos Estados Unidos fecharam o pregão da sexta-feira acima de sua média móvel dos 200 dias anteriores. Burry destacou que, em 2009, quando o mercado desabou, esse índice era de 1,2% e que, em 2020, foi de 2,8%.
“Atualmente, nos níveis de dezembro de 2007”, pontuou, sinalizando a expectativa de que os ativos caiam substancialmente. Antes, ele já havia sugerido que o S&P 500, que acumula uma queda de aproximadamente 25% em 2022, poderia cair outros 48%, para cerca de 1.900 pontos.
No domingo, 2 de outubro, por sua vez, Burry afirmou que o cenário atual lembrava o panorama do segundo semestre de 2000, com algumas ações negociadas a preço de pechincha, enquanto as cotações de outras “queridinhas do mercado” ainda estavam caindo, “mas não o suficiente”.
Em mais um tuíte, ele acusou os fundos de índice e os fundos negociados em bolsa (ETFs) de aumentarem os preços dos ativos sem pensar. Além de comparar o mercado a um cinema lotado, no qual muitos investidores seriam esmagados quando todos corressem para as saídas.
“A diferença entre agora e o ano 2000 é a bolha de investimento passivo que inflacionou de forma constante na última década”, escreveu. “Todos os cinemas estão superlotados e a única maneira de alguém sair é atropelando uns aos outros. E, ainda assim, a porta é tão grande.”
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