Livro Bege indica perspectivas fracas de crescimento econômico futuro nos EUA
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As perspectivas para o crescimento econômico futuro dos Estados Unidos estão fracas, conforme indica o Livro Bege, sumário das condições econômicas do país divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Federal Reserve.
Segundo o texto, os agentes consultados na pesquisa esperam “abrandamento da demanda” nos próximos seis a 12 meses.
O documento destaca que as vendas de casas caíram em todos os 12 distritos do Fed, e que a construção de residências é penalizada por gargalos na cadeia de produção. Segundo a autarquia, o mercado imobiliário residencial também deve se enfraquecer, particularmente a demanda por escritórios.
As condições do mercado imobiliário residencial dos Estados Unidos se enfraqueceram de maneira significativa, apesar de relatos pontuais de vigor na atividade de locação, diz ainda o Livro Bege.
Já a demanda por empréstimos está “mista”, de acordo com o relatório. “Enquanto as instituições financeiras relataram uma demanda geralmente forte por cartões de crédito e empréstimos comerciais e industriais, a demanda por empréstimos residenciais foi fraca em meio a taxas de juros de hipotecas elevadas”, pontua.
O Livro Bege acrescenta que empresas de serviços não financeiras tiveram demanda “de estável a levemente mais alta”. Já a busca por serviços de transportes foi caracterizada como “mista”, enquanto os relatos sobre as condições da agricultura variavam.
“Embora a demanda por produtos energéticos tenha sido robusta, a produção permaneceu limitada por gargalos da cadeia de suprimentos para componentes críticos”, destaca.
Atividade inalterada
De acordo com o Livro Bege, a atividade econômica dos Estados Unidos ficou, no geral, “inalterada” desde o início de julho. Segundo o documento, cinco distritos do Fed registraram “de leve a modesto” crescimento econômico, enquanto outros cinco relataram “de leve a modesto” enfraquecimento.
A maioria deles, acrescenta o relatório, manteve firmes níveis de gastos de consumidores, enquanto as famílias fazem transição de bens discricionários para comidas e outros produtos essenciais.
O texto acrescenta que as vendas de automóveis continuaram fracas na maior parte do país, diante de estoques baixos e preços altos. Os setores de hospitalidade e turismo destacaram “sólida” atividade de viagens para lazer, com alguns lugares tendo aumento em viagens de trabalho.
“A atividade de manufatura cresceu em vários distritos, embora houvesse alguns relatos de queda na produção, à medida que as interrupções na cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra continuaram a prejudicar a produção”, destaca.
Inflação
Embora a inflação nos Estados Unidos permaneça em níveis “altamente elevados”, nove entre 12 distritos do Federal Reserve relataram algum nível de moderação no ritmo de aumento dos preços, conforme o Livro Bege.
Segundo o documento, todos os distritos tiveram avanços “substanciais” nos preços, particularmente de alimentos, aluguéis, utilidades e serviços de hospitalidade. “A maioria dos contatos espera que as pressões sobre os preços persistam pelo menos até o final do ano”, destaca.
O relatório indica que os custos de produção nos setores de construção e manufatura seguem altos, mas a queda dos combustíveis e enfraquecimento da demanda geral aliviaram as preços, sobretudo nas taxas de fretes. “Também houve redução nos preços de ação, madeira e cobre”, diz o texto.
Emprego
Segundo o Livro Bege, o emprego cresceu em ritmo “de modesto a moderado” na maior parte dos distritos do Federal Reserve.
O documento destaca que as condições do mercado de trabalho permanecem “apertadas”, embora quase todos os distritos tenham registrado melhora na disponibilidade de mão de obra, particularmente nos setores de manufatura, construção e financeiro.
“Além disso, os empregadores notaram uma melhora na retenção de trabalhadores, no geral. Os salários cresceram em todos os distritos, embora os relatos de um ritmo mais lento de aumento e expectativas salariais moderadas tenham sido generalizados”, diz o texto.
O Livro Bege acrescenta que vários empregadores disseram ter dado aumentos salariais para compensar a alta dos custos de vida.
“Olhando para o futuro, os empregadores planejavam fornecer aumentos salariais no final do ano para seus trabalhadores, mas as expectativas para o ritmo de crescimento salarial variaram entre os setores e distritos”, pontua.
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