Esperança e trabalho será pela vacinação em massa para salvar vidas, diz Guedes
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Postura do ministro destoa do tom assumido por Bolsonaro, que afirma não ter razão para pressa na compra do imunizante contra o novo coronavírus
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 23, que o trabalho da sua pasta para o próximo ano será pelo esforço da imunização brasileira contra o novo coronavírus. Ao comentar a criação recorde de 414 mil vagas de trabalho formal em novembro, o auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ressaltou a importância da vacinação para a recuperação das atividades econômicas após a severa crise causada pela pandemia. “Espero que vocês mantenham a boa saúde, celebrem a vida com as famílias e para o ano que vem nossa esperança e trabalho será pela vacinação em massa para salvar vidas, garantir o retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada do crescimento econômico brasileiro.”
Não foi a primeira vez que Guedes destaca a importância da imunização para o desenvolvimento do país. Em conversa com jornalistas na semana passada, o ministro afirmou ser favorável à imunização gratuita e voluntária. “O que o governo tem que fazer é disponibilizar todas as vacinas de forma gratuita para que qualquer brasileiro possa escolher a vacina que quer tomar, se quiser tomar”, disse. A postura difere da assumida por Bolsonaro, que já afirmou que não irá tomar a vacina contra a Covid-19. O presidente chegou a minimizar a importância do imunizante ao afirmar que não há razão para apreensão sobre a doença que já matou quase 190 mil brasileiros em nove meses. “A pandemia, realmente, está chegando ao fim. Temos uma pequena ascensão agora, que chama de pequeno repique que pode acontecer, mas a pressa da vacina não se justifica.”
Guedes voltou a falar sobre a retomada em “V” da economia brasileira — movimento que caracteriza uma forte aceleração após queda vertiginosa —, ao comentar os resultados na criação de postos de trabalho formal. No acumulado do ano, o saldo é positivo em 227.025 vagas de emprego, decorrente de 13.840.653 admissões e 13.613.628 desligamentos. Esta foi a primeira vez que o saldo fechou positivo desde o início da pandemia do novo coronavírus. “Só o negacionismo pode negar os números, e os números estão aí. Um ano de criação líquida de empregos em plena pandemia. Eu não imagino que isso possa ter acontecido com outro país do mundo, pelo menos no mercado formal de trabalho”, afirmou o ministro.
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