Brasil cria 395 mil vagas formais em outubro, o melhor resultado desde 1992
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É o quarto mês seguido com avanço na geração de trabalho com carteira assinada; no ano, saldo é negativo em 171 mil postos de trabalho
O mercado de trabalho brasileiro registou em outubro o quarto mês consecutivo de saldo positivo na criação de postos de trabalho com carteira assinada. No último mês, foram registrados 394.989 novas vagas formais ante desligamentos – o melhor resultado para todos os meses desde 1992, quando iniciou a série histórica –, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira, 26. O saldo é o resultado de 1.548.628 contratações diante de 1.153.639 demissões. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139 vagas de emprego, decorrente de 12.231.462 admissões e 12.402.601 desligamentos. Em setembro, o saldo encerrou com 313.564 vagas criadas a mais que fechadas.
Os dados mostram que houve abertura de vagas em quatro dos cinco segmentos classificados pelo Caged. O bom desempenho do mês foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com 156.766 vagas a mais. No comércio foram criados 115.647 postos de trabalho. O setor da indústria registrou 86.426 vagas abertas a mais que fechadas, enquanto a construção civil fechou outubro com saldo positivo de 36.296 contratações. A agropecuária foi o único que registrou recuo, com 120 postos de trabalhos fechados a mais que abertos. As cinco regiões do país registraram saldo positivo em outubro. No Sudeste, o resultado ficou em 86.884 postos, enquanto o Sul fechou o mês de outubro com 92.932 vagas a mais. No Nordeste foram criados 69.519 empregos formais, no Centro-Oeste, 25.024 e no Norte, 20.658 vagas.
No acumulado de janeiro a outubro, o país ainda acumula mais de 171 mil vagas encerradas a mais que abertas. O saldo dos primeiros dez meses do ano é o pior desde 2016, quando o período registrou 751.816 mil postos de trabalho encerrados. Em 2015, o tombo foi ainda maior, com saldo negativo em 818.918 mil vagas com carteira assinada perdidas. O saldo de 2020 é reflexo dos efeitos do novo coronavírus na desaceleração das atividades brasileiras. Em abril, no pior momento da crise, o Caged registrou saldo negativo de 942.774 demissões a mais que contratações. A capacidade para criar postos de trabalho é um dos termômetros para medir o desempenho econômico do país. A taxa de desemprego brasileira somou 13,5 milhões de brasileiros em setembro, alta de 4,3% em comparação ao mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte do levantamento mensal da Pnad Covid-19, que mede os efeitos da pandemia do novo coronavírus no país. O avanço da população desocupada bateu recorde em setembro e acumula alta de 33,1% desde o início da pesquisa. A taxa de desocupação subiu de 13,6% em agosto para 14% em setembro, também a maior da série histórica.
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